domingo, 20 de dezembro de 2015

Voei.

                                                                   
            

Tempo que alinha os caminhos e me faz sol: me ensina a viver aqui.

.                                                                                       Carolina- MA Portal da  Chapada

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

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Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse.

<3 p="">

Chá de poesia.



=~

Pra emocionar de felicidade e amor.

Não pelas tristezas da vida.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Assim, tipo eu.


Morrer é preciso.

Entre os baculejos que a vida tem me dado ultimamente, tenho compenetrado minhas energias nos poetas, nos meus gatos e na música. Tenho fugido de mim e encontrado meu eu nessas minhas fugas. 
Hoje, me encontrei em Fernando Pessoa, no poema "Morrer é preciso" . Li e reli. Cantei para mim mesma, como um mantra que eu preciso engolir pra me entender. 
Através desses versos, revisitei meu passado, aquele de Vigia de Nazaré. De um tempo amargo e agridoce que transformou meus caminhos. Foi lá que eu Morri e Renasci . Nasci essa Laila cheia de amor, regada por uma gente cheia de histórias que me transformou. Me elevou a uma espécie de plano maduro de ser humano. Ser que outrora nunca soube o que era amar. 

Me encontrei também em meus gatos que me acompanham sempre. Me observam como estivessem esperando alguma palavra, algum beijo, cheiro... Me encontro com o amor que me ofertam. Um amor calado, um pouco arredio talvez, mas muito me ensinam em saber esperar, saber que o tempo é rei desse universo. Em não abrir mão dos momentos de lazer e distração e que eles não gastam tempo ou energia com o que não lhe fazem bem. Me encontrei na superação de cada dia, ver  novos momentos pra recomeçar e tentar o fazer o bem para quem me quer bem. Me encontrei com a paciência que eles cultivam e a observar de longe, conhecer e chegando aos poucos. 

Me encontrei nas canções que há muito, não ouvia. E entendi que mais uma vez eu só preciso deixar o tempo seguir no tempo certo. E que detalhes vão sumir na longa estrada , para continuar aquela conversa que não terminamos ontem, ficou pra hoje. E sinta-se feliz porque no mundo tem alguém que diz: Que muito te ama! Que tanto te ama. Que muito muito te ama.


Morrer é preciso! Fernando Pessoa.

Estamos acostumados a ligar 
a palavra morte, 
apenas à ausência de vida, 
e isso é um erro. 

Existem outros tipos de morte. 
E precisamos morrer a cada dia.

A morte nada mais é que 
uma passagem, 
uma transformação. 
Não existe planta sem a morte 
da semente, 
não existe embrião sem 
morte do óvulo e do espermatozóide, 
não existe borboleta sem 
a morte da lagarta. 

A morte nada mais é que o ponto 
de partida para o início de algo novo, 
a fronteira entre o passado 
e o futuro. 

Se você quiser ser um bom universitário, 
mate dentre de você o 
secundarista aéreo que acha que 
ainda tem muito tempo pela frente. 

Quer ser um bom profissional? 
Então mate o universitário 
descomprometido que acha que 
acha que a vida se 
resume a estudar só o suficiente 
para fazer as provas. 

Quer ter um bom relacionamento? 
Então mate dentro de você 
o jovem inseguro e ciumento, 
crítico e exigente, 
imaturo, 
egoísta ou solteiro solto 
que pensa que pode fazer 
planos sozinho, 
sem ter de dividir espaços, 
projetos e tempo com 
mais ninguém. 

Quer ter boas amizades? 
Então mate dentro de si a 
pessoa insatisfeita, 
que só pensa em si mesmo, 
mate a vontade de manipular 
as pessoas de acordo com 
a sua conveniência, 
respeite os seus amigos, 
colegas de trabalho e vizinhos.

Enfim, 
todo o processo de evolução 
exige que matemos o nosso eu passado, 
inferior.

E qual o risco de não agirmos assim? 

O risco está em sermos duas
pessoas ao mesmo tempo, 
perdendo o nosso foco, 
comprometendo a nossa produtividade, 
e, por fim, 
prejudicando o nosso sucesso. 

Muitas pessoas ficam 
assim porque continuam se 
agarrando ao que eram, 
não se projetam para o que 
serão ou desejam ser. 

Elas querem a nova etapa 
sem abrir mão da forma 
como pensavam ou como agiam. 
Acabam por se transformar 
em projetos acabados, 
híbridos, 
adultos infantilizados. 

Devemos, 
até, às vezes, 
agir como meninos, 
de forma a não perder 
as virtudes da criança: 
vitalidade, criatividade, 
brincadeira, sorriso fácil, 
tolerância... 

Mas se quisermos ser adultos, 
devemos, necessariamente, 
matar atitudes infantis, 
para passarmos a assumir
inteiramente os papéis de cidadãos, 
pais, líderes, 
profissionais...

Quer ser alguém melhor e evoluído? 
Então precisa matar em 
você o egocentrismo, 
o egoísmo, 
para que nasça o ser 
que você deseja ser. 

Pense nisso e morra, 
mas não se esqueça de 
nascer melhor ainda.

O valor não está no tempo 
que as coisas duram, 
mas na intensidade com que acontecem, 
por isso existem 
coisas inexplicáveis, 
momentos inesquecíveis, 
pessoas incomparáveis.

Amarei de janeiro a janeiro


Não deixo pra trás nada do que eu realmente amo. Carrego dentro do peito toda essa gente aí. Todo o amor nascido aqui, atravessará um mundo inteiro, só pra eu viver .



"Mas talvez você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar"




Até o mundo acabar!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Aí eu perguntei:

-"O que eu faço com essa dor aqui de dentro?"

- " Escreve, escreve , escreve até doer o dedo."

- " Mas aí, vai doer dentro e fora de mim. =/"

- " Não vai não, besta! A dor de dentro vai tá fora, bem nos dedos. Aí é só sacudir bem assim ó ... e , pronto! A dor passa."


=]


...


Acalenta, coração amado.

  <3 p="">

O que eu queria assim de com força.


                                                               

Saí de orbita.

Pulei da cama, atravessei o quarto, caí na mala pra sair de órbita. Em meio as lembranças, abri a janela da mala e acenei para o quarto arrumado, um pouco empoeirado, que resguarda só amor consigo e nos retratos. Acenei para alguns livros e para os felinos. Suspirei.

E a mala resolveu andar. Abriu a porta, depois o portão e agora estamos pela rua. Ninguém nos empurra, ninguém nos repara. Ninguém vê que estamos indo embora. Ninguém se importa.

Prefiro assim... É melhor para os corações. É melhor para a alma agora ofuscada. É melhor para as dores. É melhor para curar os desamores. 

É melhor.. melhor ...  melhorar  e mergulhar... ao mar.  

Ah [mar].


sábado, 12 de dezembro de 2015

Quando a gente quer muito que aconteça, é aí que demora.

Roda vida!
Passe tempo, meu fiel cruel amigo. Voe ao seu querer, ao seu pensar e me ajude a aprender contigo. Me ajude a criar meu remédio pra curar as feridas do presente. E já rir do passado. 
É tempo de recomeçar. 
Quero! 
Vejo alí na frente, aquela vontade louca de me reinventar. 



Mais um dia cinzento.

Hoje foi um desses dias que amanheceu nublado. Dia difícil.
Choveu intensamente dentro e fora de mim. Era mais uma perda desse mundo. Mais um amor-irmão que se vai daqui. Aquele músculo mau curado, voltou a sangrar e palpitar de dor. Foi um pedacinho de mim que se foi, voou pro alto, e foi cantando subindo e sumindo... 'Foi morar no infinito e virar constelação'
A noticia caiu bem em cima da ferida e a dor mais forte reinou. É que eu tive uma chance de ir vê-lo de perto sadio e não consegui ir. A carne dilacerou.
É um coração o meu, mutilado pelo tempo da saudade, essa menina ingrata que grita, assusta e rodeia a gente. Castigo! 

E o que tava dormido aqui, acordou e jorrou água. Alagou. Me afoguei!


Foi um dia cinzento que vai durar pro resto da minha memória escura. 




terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Balanço.

Em meio as dificuldades do dia-dia (o meu sumiço daqui está incluído) , não percebi o quanto estive e ainda estou   esnobe, culpando terceiros pelos meus desequilíbrios emocionais. Na verdade, é o mais fácil a se fazer: apontar o outro como sendo a peça chave daquele problemão que resolveu se instalar na minha vida! Porque é realmente difícil ver nosso dedo podre sendo autor de um 'crime' contra nós mesmos. E quando esse olhar diferenciado sobre nós mesmos muda?

Não sei. 
É que eu sou muito nova, muito crua, muito imatura. Não cai da árvore e não tô pronta pra ser consumida ao pé dela. Não vivi quase nada pra responder as minhas próprias inquietações. 
Mas já sinto que ao levar algumas lapadas da vida, já aprendi algumas poucas e boas que me fizeram entender quem eu sou e onde estou, o pra onde vou, é mais incerto de certo.

Quando olho pra trás, em meados dos anos 90, me vejo sentada no fundão de uma sala de aula, bem escondida de todo mundo porque eu tinha vergonha de sentar na frente e não ser inteligente suficiente pra que a professora viesse perguntar qualquer coisa e eu não conseguisse acertar a resposta, mas passou. Acabou a fase da timidez que me matava todos os dias que eu tinha que ir à escola.

Já mocinha, no ensino médio, me vejo sentada na calçada no canto da Timbó, aprendendo a beber cachaça com limão embaixo daquele sol torrencial do meio-dia, logo após a aula, com uns amigos malucos  e achando tudo um máximo porque a infância já terminara e eu já era quase adulta,  por isso precisava quebrar as regras de outrora, mas passou. Acabou a fase da empolgação jovem inconsequente.

Anos mais tarde, já me vejo na universidade, em um município próximo a Belém, aprendendo a ser gente de verdade e estudando pra ser professora. Aprendendo a ter responsabilidades de acordo com as necessidades vividas alí. Entendi alí que eu não poderia antes, viver em um mundo só meu, aprendi que eu precisava de pessoas ao meu lado e que eu me apaixonei por todas elas. Aprendi a lapidar meu coração e vivi o amor. Confiei e desenhei amizades completamente estranhas, construí a Laila mulher, professora, amiga, despojada, lutadora... e passou, mas em mim sempre ficará aquele pedaço de Vigia de Nazaré. O pedaço que me fez transformar dor em crescimento e amor. 
E aí passou. Passou a fase difícil e desoladora e ficou o amadurecimento de que tudo na vida acontece pra nos fortalecer.

De lá pra cá, me envolvi em tudo o que aparecia pela frente. Trabalhei em alguns municípios próximos ou até distantes de Belém e a cada contato novo , minha vida se engrandecia, seja de dor, desilusões, alegrias, gatos, amizades, desamores, sonhos...

Me envolvi com o Amor e me joguei de cabeça.

Amei demais e eu achava que haveria de ser retribuída ( vê se pode?!) , mas já aprendi que isso não acontecerá sempre. Na verdade, retribuição é relativa. A gente gosta de várias maneiras e essa contra partida deve ser natural sem esperar muito do que os outros podem ou não ofertar. Me envolvi demais, mas também foi natural, entende? Nada foi forçado.
Confiei tanto que eu jamais imaginei que alguém pudesse quebrar essa confiança. Mas agora tenho pensado na essência humana. O quanto eu tenho minhas falhas, fraquezas e fortalezas que talvez não sejam as mesmas em relação a mim.
E é aí que cheguei ao meu real alicerce ( ou pelo menos parte dele): me encontrei comigo mesma e senti minha força emanando paz e alegria pra mim e mais próximos. E que eu tenho mesmo ainda muito o que aprender.




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