quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Coração doente.

Dói. Sangra. Escorre por dentro. Transborda pelos olhos.

Esses dias me dei conta o quanto sou fraca. É uma fraqueza muda, solitária que não me deixa mover. Apenas chorar! 
As misérias da vida, de repente me trancafiaram em um quarto escuro e me deixaram de castigo, pensando.
Sexta-feira encontrei com um gatinho de rua que eu quis levar pra casa, mas não coube na minha bolsa; No sábado, um gato me seguiu até em casa, dei-lhe comida, dormiu na minha cama, mas ele parecia bem cuidado e pela manhã fui procurar o dono e encontrei; No domingo, dois gatos mal tratados , mas aparentemente tinham donos, por causa das coleiras, apareceram na minha janela, mas logo foram embora. ( E como meu coração queria acolher todos eles. )
Também passei por alguns animais doentes pela rua e não pude ajudar. Vi um homem doente na rua e não consegui parar. Apenas desabei a chorar!

Depois da chuva que desabou em mim, comecei a me culpar por eu não poder abrigar esses animais, por eu nem sequer ajudar pela falta de grana. Pois já temos 8 animais e sete deles eram de rua.
Fiquei pensando o quanto de coisas fúteis já comprei. O quanto de coisas sem necessidade gasto dinheiro todos os dias, quando eu poderia utilizar pra ajudar esses animais.
Em seguida, comecei a sonhar. Comecei a fazer planos do quanto ainda tenho que trabalhar pra poder ajudar meu próximo. Será o meu foco dos próximos dias.

Enxuguei as lágrimas, porque choro só lubrifica os olhos, não ajuda muito.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Pois é....





Dentro do bolso, as memórias.

Dias pra guardar no bolso da camisa, bem perto do peito. Aqueles dias pra eu olhar de perto...
Aqueles dias da infância, em que um jambo verde com sal no alto do jambeiro me fazia tão feliz; aquelas tardes quentes no bairro do Benguí, na rua de piçarra e valas enormes nas quais pescava peixinhos "de aquário". 
Aqueles meses de férias na praia do Marahú, na barraca na beira, em que catávamos caramujos nas famosas pedras do final da praia, e comer com o espinho da pupunheira. Lá  também pescávamos peixes pra comer, contemplando aquela paisagem maravilhoso; 
Aqueles anos de adolescente revoltada, cheia de fôlego no peito , cheia de coisas intermináveis, cheia de amores valentes. 
Guardarei no outro bolso, os dias na Vigia de Nazaré. Aqueles dias saudáveis, de aprendizados de vida, de universidade, de campo,de vinho, de amigos, cheios de amor... junto com uma foto da Amanda, claro. 
Os meses no Xingu, o grito da Rosa - a arara que eu me apaixonei. As perguntas da Ritinha e do Alan. Todos os rostos dos meus alunos guerreiros de todos os dias. Das pessoas que não me conheciam, mas sorriam todos os dias para mim.
Guardarei também os cheiros, os sabores, as lágrimas... pra que eu saiba que os dias passados no meio das coisas miúdas, foram alicerces pra essa Laila aqui estar de pé. Foi a poesia vivida que me encantou, me fez respirar e me faz viver.
E quando essa luz que me faz viver, um dia apagar, vai acender em algum bolso em outro lugar.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

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