segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Lá fora.

Desamarro os pés da porta,
desenho um sorriso mal feito com batom em um tom carmim
ilumino a rua.
Faço , desmonto
e me acho
No braços da lua .

Eriçada,
de saia curta vermelha, camisa colada, salto elegante
procurando o macho certo
saudável, forte e capaz de si.

Iluminada, amostra da carne
cheirando um cio ácido.
um calor molhado.
garganta seca.

Mãos inquietas,
Entre as pernas passeiam
Endurecem, amolecem, entram, saem
dançam, rodopiam na vulva dilatada.

Os grandes lábios roxeados enrijecem
incham , formigam,
animam-se
sozinhos.

Silêncio!


É lua cheia.







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