quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Percepção da janela do ônibus.



[...]

E o rei me disse:
"A pressa esconde o que já é evidente.
Foi do meu lado que eu achei o que me fez assim
tão diferente."

[ ...]
Um Rei e O Zé - Apanhador Só 


Sabe quando bate no rosto, o vento vindo da janela do ônibus, entra pelo teu celular, corre pelos teus fones até chegarem aos teus ouvidos e pintarem um sorriso tímido no rosto?

Às 6h15 em um Distrito lotado, parando continuamente na Br 316 devido ao trânsito caótico de um dia útil qualquer. Em pé , segura a um dos ferros perto do cobrador , surge uma vaga exatamente para o meu tamanho, vou me encaixando. Me liberto do sufoco maior e fico de frente pra janela aberta da parte mais alta. E no tédio da situação, a música e o vento se juntam. Me contaminam. É então que o dia se enche de poesia e alegria. 
Nos rostos amargurados dos ônibus e paradas pelas ruas, os semblantes são mais  fechados, endurecidos os que não tem poesia soprando em seus ouvidos. 

Quem dera todos se permitissem sentir a música ao nosso redor, hein?








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