terça-feira, 11 de novembro de 2014

Ao poeta Raimundo Sodré.



Todos os dias temos pessoas a quem nos inspiramos, pessoas que nos fazem suspirar a vontade de viver e querer "copiar" o modo como elas prestigiam a vida, principalmente esse modo poético de ler situações do dia-dia.
Nessas minhas 27 estações, tenho os meus cantores favoritos, meus poetas, meus livros, meus filmes, meus amigos, meus alunos. Àqueles que teimo em dizer que são MEUS.  Não como objetos ou propriedades de meu ser. São mais que isso, são companhias valiosas e que a todo momento me fazem falta e me farão toda vez que eu me for ao longe. São pedras preciosas que me fazem mudar e enriquecer os pensamentos.

Hoje é um dia comum. E que aparentemente não teria motivo algum pra atirar o amor publicamente. Mas eu discordo daquela tradição de que a maioria dos seres humanos fazem homenagens aos seus semelhantes, no momento em que estes estão aniversariando ou pior, aos que partiram desta terra. Mas quero aqui, esbanjar esses sentimentos de gratidão e alegria por um amigo simplesmente fantástico.

Ele apareceu como aquelas pessoas que a gente conhece, mas que já faziam parte da nossa vida há muito tempo , sabe?! Pois é, o poeta Raimundo Sodré é exatamente assim.
No decorrer em um intervalo de tempo entre nossas datas de nascimento, teve um fato engraçado e bem curioso que nos uniu.
Minha mãe estudou com a esposa dele, há um tempo atrás no colégio Centro Auxílio. Se conheciam desde esse tempo. Porém, nunca mais tinham tido contato.
E em outubro de 2010, minha irmã conheceu o Sodré nas energias poéticas do arrastão do Pavulagem. Estavam juntos ligados por um amigo em comum deles, o Valber Gaia. O Sodré então percebeu as semelhanças daquela amiga da adolescência e começou a indagar minha irmã, sobre os assados e cozidos do passado da minha mãe, e tudo que ele perguntava , eram positivas as respostas. Foi então que concluiu que era filha de quem achava que era. 
Mas antes , no decorrer do arrastão, o Sodré já havia me avistado e também percebeu a semelhança escrachada minha e de minha matriz. Tanto que até  achou que eu fosse ela, mas pelo tempo passado e a lei da gravidade, entendeu que seria quase impossível. Ele até queria falar , mas tinha vergonha. E só depois, durante o show, na praça do Carmo nos conhecemos de verdade. Entre uma cerveja e outra, quando eu fui falar com minha irmã, o Sodré estava perto, daí nos conhecemos... E aquele quebra-cabeças todo, foi montado.

Desde então,  nossa ligação começou a ser intensificada. Nos encontrávamos e conversávamos sobre tudo um pouco. Ele se tornou meu professor de gramática, meu amigo, meu irmão, e se eu fosse crente em algo superior, me arriscaria a dizer que somos almas irmãs. Daquelas que complementam-se em terra.
Creio mesmo que temos uma ligação forte, que vai além da escrita estonteante que o Sodré desenrola e me faz inspirar a cada leitura, a cada palavra bem soprada ao vento que me traz poesia e sorte. Vai além da alegria e dessa vida. Vai para as artérias do coração e fica por lá movendo a gente. Alegrando a cada lua, a cada contato, a cada sarau, a cada abraço e a cada sorriso compartilhado. 






Post Scriptum: Aos amigos que quiserem conhecer as linhas deste poeta, taí o blog http://raimundosodre.blogspot.com.br/



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores