quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Sobre ajudar quem realmente precisa e nunca fingir não estar vendo.

Retrato do dia que eles chegou em casa. Pesava 1kg 1/2 e estava bastante desidratado.

Encontrei o Vicente na feira aqui perto de casa, de manhã dia 22/01/2015, com a calda toda queimada, em carne viva, tava horrível. Estava tão quietinho deitado na calçada , mal podia se mexer e quando passei , não tive coragem de deixá-lo. Peguei no colo, coloquei em uma caixa de papelão e levei até a Dr Ada, uma veterinária amiga, daqui mesmo pertinho de casa. O diagnóstico logo foi que alguém ou amarrou uma bombinha na calda dele , ou simplesmente botaram fogo que fez esse estrago com o bichinho. E haveria de amputar 5 dias após o resgate. 

Trouxe pra casa e os meus 4 filhos não gostaram nada. Logo tive que trancá-lo no meu quarto sozinho para que eu pudesse tratá-lo, a priore lavando o ferimento com soro fisiológico e cuidando para que ele se habituasse com caixinha de areia, os cheiros diferentes e etc. 
Também pedi ajuda no facebook para o tratamento dele e adoção. E ainda bem que uma ex-professora viu e logo disse que iria me ajudar com a castração e adoção. Outras duas amigas se comprometeram a me ajudar a pagar a cirurgia e vacina dele. 

Tenho tido trabalhos extras com o Vicente e os outros. É que eu não deixo que ele saia do quarto nem que os outros entrem, mas entre uma abertura da porta e outra ele sai, ou alguém entra. E como é um menino muito cheio de vida, quer brincar, pular, correr pelo quarto, e nessas peraltisses, bateu o lugar da cirurgia que chegou a sangrar. Também conseguiu tirar algumas vezes o colar elizabetano que está usando para evitar o que ele já fez: lambeu e sangrou de novo. Essa cicatrização tá sendo bem demorada porque foi uma queimadura de alto grau na pele. E com isso tenho dormido pouco, saído rapidamente pra zelar pelo tratamento correto dele. Tenho me esforçado bastante pra isso e até me causado um certo estresse, mas isso é o de menos. O que importa é que consegui resgatar e aos poucos recuperar esse animal , que provavelmente morreria alí.

E como de praxe, tô apaixonada pelo Vicente. É um amor de gato. Desde que chegou em casa, não reclama de nada, tem apetite de sobra e mesmo no estado em que se encontra, brinca, pula, se diverte. E eu mais ainda com ele. 


Vicente hoje, com quase o dobro do peso que eu o resgatei. Hidratado e faminto.
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