sábado, 14 de maio de 2011

Muiraquitã!


Para uns , os amores passam, acabam, adormecem e até morrem... para os outros não!

Os meus amores, são as lembranças mais vivas em mim.

Email recebido com muito carinho, enviado direto desse coração do retrato:

Muiraquitã...

"Sobre a Lua cheia de encantos, além das chuvas e dos mares eu te vejo,

Vislumbrando a noite entre a mente e a realidade acabo me perdendo em seus gestos, palavras e contos...

Perdido em sonhos num banhado de argila verde, viajo em minha própria sorte, contando apenas com a proteção do muiraquitã de uma jovem Marajoara em meu pescoço,

A solidão da Águia se vai sempre que olho para o Tóten da princesa do norte, a qual muito me intrigou no RJ e deixou em meu caminho a saudades e lembrança de um Muiraquitã viajante."

TE ADORO... BJOOO... CRIS


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Bienal

Zeca Baleiro

Desmaterializando a obra de arte no fim do milênio
Faço um quadro com moléculas de hidrogênio
Fios de pentelho de um velho armênio
Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata torta

Teu conceito parece, à primeira vista,
Um barrococó figurativo neo-expressionista
Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista
Caucado da revalorização da natureza morta

Minha mãe certa vez disse-me um dia,
Vendo minha obra exposta na galeria,
"Meu filho, isso é mais estranho que o cu da gia
E muito mais feio que um hipopótamo insone"

Pra entender um trabalho tão moderno
É preciso ler o segundo caderno,
Calcular o produto bruto interno,
Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone,
Rodopiando na fúria do ciclone,
Reinvento o céu e o inferno

Minha mãe não entendeu o subtexto
Da arte desmaterializada no presente contexto
Reciclando o lixo lá do cesto
Chego a um resultado estético bacana

Com a graça de Deus e Basquiat
Nova York, me espere que eu vou já
Picharei com dendê de vatapá
Uma psicodélica baiana

Misturarei anáguas de viúva
Com tampinhas de pepsi e fanta uva
Um penico com água da última chuva,
Ampolas de injeção de penicilina

Desmaterializando a matéria
Com a arte pulsando na artéria
Boto fogo no gelo da Sibéria
Faço até cair neve em Teresina
Com o clarão do raio da siribrina
Desintegro o poder da bactéria

Com o clarão do raio da siribrina
Desintegro o poder da bactéria

Tive estes textos ofertados a mim. Só pra ganhar meu fim de semana!


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