terça-feira, 7 de maio de 2013

Luz. - Luzi

Foto da net.
Segunda-feira. 
Ela acorda às 6 horas para fazer aos serviços domésticos e arrumar as três crianças para ir à escola.
Luzineide é mulher guerreira, dessas que não deixam de trabalhar por frescura nenhuma na terra. Sabe que necessita trazer um dinheirinho pra casa todos os dias, pro sustento dela e das crianças. Foi deixada pelo marido por uma puta qualquer de cabaré, mas Luzineide é mulher responsável, sabe que não pode abandonar sua cria indefesa ainda. Chegou a ficar deprimida, mas decidiu que não iria enfraquecer nem por uma malária, quanto mais por um filho da puta que lhe comeu por 10 anos, lhe deixou 3 filhos e na merda.

Às 7h30, Luzineide deixa os meninos na creche. E volta para casa para arrumar-se e ir trabalhar.
Põe um pouco de reboco no rosto, sombras de cores básicas,batom rosa, vestido longo, alguns acessórios na bolsa e pronto! A mulher está pronta pra viver a semana fora de si; A máscara de Luzineide sustenta-se de um bom sorriso sem opinião formada pra cumprir as leis de sobrevivência que o sistema social lhe pregou.
Vinte e nove anos sai de casa todo dia, em busca do sustento próprio e daquelas crianças. Não resmunga insatisfação. Faz o que precisa com muita simpatia e engole a solidão afogando a si mesma em algum lugar escuro em qualquer outro lugar que não seja em seu local de trabalho mais movimentado da cidade.
Escraviza-se nos horários comerciais de todos os dias, exceto aos domingos intercalados.
Luzineide já sofreu por muitos homens. Sofreu em muitos relacionamentos. Sofreu, chorou, quase morreu, mas sobreviveu. Sofria pelo que idealizava e não pelo que ela tinha de fato.  Saía sempre ferida.
Chega ao Paraíso sempre às 10horas , pois a movimentação começa por lá umas 11horas e ela chega antes para mudar o vestido e passar um batom mais forte.
Senta-se à mesa e espera o primeiro cliente chegar. 

Chega Ernesto mas todas fogem. Luzineide não, pois sabe que é o cliente que paga melhor naquele estabelecimento. Ela sempre pensa nas crianças.
Ernesto é um homem bonito, tem 42 anos, cheiroso, mantenedor de bons costumes, paga impostos, contribui para o crescimento do país, se veste bem, é educado, además é um reconhecido mestre acadêmico, colecionador de prêmios da academia pois trabalha com computador e suas tecnologias. É definitivamente um cara bom de papo e bonito, mas fora da cama.
Ernesto tem um lado muito selvagem, agressivo escondido por trás da aparência serena e mansa. Seria uma cara normal, se fosse descrito apenas como safadinho ou galinha, afinal de contas é apaixonado pelo outro ser que o encaixa chamado mulher. Mas sempre solicita um serviço de coprofilia. 
Alí, morria o moço casto, criado com bons costumes e limpo.
E somente Luzineide tinha coragem. Pois o homem mal pedia que ela tirasse suas roupas, deitava- se na cama , e pedia que ela ficasse em pé, com o corpo dele entre as pernas dela e abaixasse a calcinha e acocorasse em sua boca.  
Luzineide dava uma sorte do caralho, porque sempre tinha merda pra botar pra fora, e isso lhe rendia 200$ reais por hora, porque logo depois, Ernesto ficava mais uma hora no banheiro passando mal depois tomava banho. Saía satisfeita, pois não precisava beija-lo.

Luzineide tinha um outro cliente naquele dia, que sempre lhe solicitava e ela nunca dispensava.  
Rubinaldo era um menino de uns vinte anos, gostosinho. Luzineide sempre pensava em usá-lo até o último bagaço não ter mais gosto. O menino era estudante e mal tinha pra pagar uma cerveja, mas Luzineide sempre sedia ao pau duro dele com apenas $10 reais. Luzi dizia que aquele maldito era tão gostoso e sabe lhe comer como ninguém, pois a chupava como se fosse o último de seus dias em terra. 
Ele sabia abria vorazmente a boca, disposto a engolir tudo o que ela tivesse a expelir. Empurrava sobre ela toda força de homem brabo.
Ruminava o gozo enquanto esfregava o pau na boceta melada. Beijava as pernas dela e lambia com atitude de macho apaixonado.
Era um homem sensível. Levou o verbo em silêncio e a quentura do beijo para a vida de Luze . Tratava-lhe como a melhor das rainhas e a deixava em êxtase porque sabia que ela tinha sido sua primeira mulher. 
Ela sempre lhe dava o dinheiro da meia passagem de Rubi e um beijo quente.

Luzi então voltava logo para casa com as compras da semana e as crianças da escola. Luzi sempre aguardava a Luz da sobrevivência do próximo dia.  

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