quinta-feira, 17 de abril de 2014

Coito e ruídos escondidos.


Foto da net.

-Enfia vai! Ahhh...
-Hummm... Vem!

-Vira agora!
-Grummm...

-Xiiiiiiiiiiiiiii!
-Ai amor, esfrega mais vai. Hum...

(Roc roc roc roc).
Os pés da cama arranhavam no chão enquanto ele impulsionava seu corpo sobre o meu, fazendo um barulhinho indecente em volume mediano.  (Vrummvrum) O ventilador virado para a parede e a televisão ficavam ligados em volume baixo para disfarçar os gemidos incontroláveis.

Minha anca empinava-se, meio quebrada, ansiosa, aguardando em posição de defesa. De jeito a propiciá-lo o movimento de remo, lento.
Sussurros ao pé do ouvido. Lambidas na nuca. Leves mordidas. Tesão.

Indiscretos e sem pudor, abusamos da liberdade do fogo. Ardendo, dentro um do outro. Mastigando, vasculhando os dedos, língua, pele, suor, misturando com aspereza e devassidão. Entrando e saindo. Calmos e epiléticos. Maldosos, trocando pés pelas mãos em conversas sem versos, sem nexo. Cheia de prazer. 
Rápidos e lentos. 

Me enche de poder enquanto me cheira, me abraça e beija-me todo o dorso. 
Me enche de força ao sucumbir-se por entre meus grandes lábios. 
Me enche de tesão o macho alinhado, tensionado sobre mim.

Puxava-me os cabelos com uma mão e com a outra acariciava-me o clitóris. Aplaudia-me por entre as pernas. Me incendiava. Me puxava selvagemente. Me fazendo babar compulsivamente.

O barulho é abafado entre lençóis.

Entre carnes o atrito. Escorre o calor. Escorrega, suspira, espera. 
Minhas pernas enlaçavam-se por trás dos tornozelos dele. Segurava-o. 

... três segundos para o auge e...

Às oito horas da manhã.

(Toc toc toc)  - Filha.... acorda! Preciso da tua ajuda aqui.

( Puta que pariu! ) Pensamentos conjuntos.

- Já vou mãe! - Voz ativa e espirituosamente acordada.

Espirra apressadamente a porra toda. Zonzo e suado, sai de dentro de mim, já amolecido e assustado!

É como um banho gelado, que deixa a gente mofino, estagnado, apreensivo... 

( Será que ela escutou? )






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