quinta-feira, 24 de abril de 2014

Hora pra comer e gozar, a gente quem escolhe.



Quando não tem lugar apropriado, qualquer lugar com jeitinho fica arrumado, principalmente  quando os corpos estão quentes, fervendo, borbulhando em tesão. As segundas, terceiras intenções são sugeridas com olhares malinos. Olhares de fogo. Inquietos. E é melhor aproveitar porque outras oportunidades talvez não mais surgirão.

Era uma dessas noites úmidas de Belém. Voltávamos de algum bar e ele me acompanhava até a parada de ônibus. Pouco movimento na rua deserta, que nos convidava à noite. Em pé, sentados ou escorados, em qualquer posição. 

Estávamos na Magalhães Barata. Nos abraçamos um pouco esperando o ônibus, enquanto o calor aumentava, mas a entrada pro prédio dele é na nove de janeiro e estava bem próximo. Foi aí que me sugeriu algo. Li nos olhos a ânsia pelo coito. E aceitei!

Entrando na portaria, ele disse que o ap tava cheio de gente, mas que poderíamos dar um jeitinho pelo banheiro. Sugeri então a escada e ele disse que ninguém usava, endossando que era um ótimo lugar. 

Não tivemos cerimônia. Nos empurramos nas paredes e passamos muito tempo num beijo gostoso, molhado com as línguas eletrizadas que ora passeavam em nossas bocas, ora nas bochechas, orelhas, pescoço e retornando até boca. Nossas mãos frenéticas vasculhavam-nos. Ele em meus mamilos, dorso, pernas. Eu em suas costas, braços e falo ereto.

Sentou-se no degrau, me puxou pro seu colo e eu me sentei o mais aberta que pude. Estava de vestido curto e calcinha molhada. Pude senti-lo fortemente roçando-me a púbis.  Tiramos nossas roupas enlouquecidos. Puxei meu vestido por cima. Ele tirou a camisa e abriu a braguilha. Me levantou pelas pernas, e me carregou enganchada, me pressionando à parede. Mostrou-me o caralho pulsante, escuro, torneado e brilhante alí com fome e sede.

Me chupou os seios endurecidos enquanto me segurava fortemente à sua cintura. Me escorou no degrau e deitou-se no chão. Pediu para que eu lhe esfregasse a cona em sua boca. Me vi em êxtase! Estiquei as pernas, e em pé fiquei parada olhando-o me desejar, enquanto tirava a calcinha o vi compenetrado entre minhas pernas. Sentei!

Tremi toda quando senti a língua dele ir fundo. Senti a aspereza das cerdas passeando, massageando com a língua endurecida, ia até o clitóris, parava, chupava e descia até entre meus grandes lábios. A barba suja mergulhada na minha carne, degustando meu mel.  Me apertava os seios, com aquelas mãos enormes que me dominavam, eu estava impotente, não adiantava tentar nada. Era ele quem me conduzia. Dentro de mim. Em seu paladar.

A adrenalina aumentava toda vez que ouvíamos o barulho do elevador que dava de frente para a porta da escada. Nos mantivemos calados e suados.

Não hesitei o desejo de prová-lo também. Pedi-lhe um 69. O prazer múltiplo. Acariciei, beijei, lambi, chupei com vontade, mordi levemente, apertei, esfreguei. Enfiei na goela. Rodopiei todo em minhas bochechas. Percebi cada veia pulsante, a pele esticada, sangue arquejante daquele falo imponente, atlético, carnudo, cheio de poder e eloqüência, desesperado e nobre pedindo a mim.

Senti-me totalmente preenchida, suspensa no ar, cheia de paixão desde o ventre até a alma. Senti um arrepio repentino gelado e quente ao mesmo tempo. Uma sensação que não sabia ao certo de onde surgia, percorria meu corpo até a garganta e percebi que ia gozar. Um orgasmo cem por cento genital e visceral, que vinha das estocadas fortes da língua dele e que eu simplesmente não podia conter. Então lhe disse que eu ia gozar. E ele continuava mais forte que me fez retorcer toda e ele soltou um urro forte que me lambuzou de prazer. Senti seu leite quente no rosto. Gozamos violentamente juntos com espasmos grudados um ao outro, que nos desequilibrou. Perdemos as forças e nos jogamos para os lados, no chão.
Senti todo meu corpo formigar. E ficamos alí, jogados por um tempo, semi-mortos. Sujos de suor, saliva e de nossas essências. Vestimos nossas roupas e saímos da escada. Pra nossa surpresa, já era dia. 
Ele me levou até o apartamento dele pra eu tomar um banho e um café, depois me acompanhou novamente até a parada da Magalhães Barata. 

Nos despedimos com um beijo e um até logo na expectativa pela próxima vez.


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