sábado, 31 de janeiro de 2015

Mil faces.

Eu aqui , nas minhas obrigações de cuidar da casa, estava pensando o quanto somos retalhos costurados pela linha do tempo. Somos mil faces em um pano. Digo , os seres humanos, sem distinção de gênero , etnia ou raça.
Somos cheios de colagens e recordes, seja da infância, da tv, do convívio com a família, amigos, inimigos, desconhecidos e etc. 
Estava pensando... Enquanto me encontro no ócio da profissão, me ocupo dos afazeres domésticos, da canção e poesia dos dias em casa. Me faço música no corpo de mulher. Me vejo chata e um pouco cansada. Pinto e bordo nas paredes do meu quarto. Colo lembranças e escrevo bobagens. Gosto da bagunça e liberdade, mas queria também um pouco de organização.
Sou dessas que não pára muito tempo quieta. Cozinho, lavo, limpo a casa e costuro a saudade. Sou mãe de gatos. Preocupada e protetora. Tenho pouco dinheiro, criatividade e um pouco de preguiça. Mas não meço esforços pelos meus filhos. E como diz minha mãe, quem tem pouca grana e mais de um filho, tem que inventar. Faço as camas, brinquedos, dou os remédios, comida, vacina, meu quarto e meu carinho. E não abro mão do bem estar deles. 
Educo e caduco. Faço de um tudo e sofro.Tenho um sol dentro do peito e a lua pra me acalmar. 
Me chamem de fútil por amar os meus peludos, mas me desculpem, prefiro ser fútil a ser estúpida por não reconhecer o amor. 
Sou das mil faces, não de todas . Talvez das mais comuns. Aquelas que são pouco prestigiadas. 



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