domingo, 30 de outubro de 2011

Altamira; Xingu; Luta.

[Eu, no meu desleixo neste blog, terminei de escrever o post hoje.]

Pois é, cheguei de Altamira , sexta-feira dia 28 e estou com todo gás para lutar...
Sabe quando as cobras mudam de pele, as cigarras trocam de 'corpo' ou as aranhas mudam suas 'roupas' (exoesqueletos)?! Pois é, vim em mudança de pele, de forma que aumentou minha fome para guerrear contra este 'câncer' cultural, social, ambiental e político. Estruturei minha mente pra me fortalecer e buscar armas exatas e suficientes, e em grupo batermos de frente com esta usina. E ainda, uma visão esclarecida de estamos entrando pra briga de cachorro grande. Mas sei que se todos nós, que somos contra Belo monte, ao nos juntarmos para esta luta, certamente venceremos!
Senti um aperto tão grande no peito ao ver o rio xingu. Imensidão de água transparente, gelada e perdida em uma vitalidade calma, tão inocente e tão natural alí, na minha frente. Confesso que tive medo, mas tive também orgulho de ter ido e ter sentido de perto a energia viva e tão presente que ronda aquele lugar.
Gente, que coisa linda. Tão limpo , tão grande, tão cheio de vida e que poderia secar com essa hidrelétrica, destruindo sem piedade os milhares de seres dalí.

Foram momentos tensos, difíceis, interessantíssimos e ricos de informações no contato com as tribos indígenas e demais movimentos, na luta contra essa doença.
Ocupamos o canteiro de obras por um dia inteiro. Lá, vimos o sol nascer e vimos o sol se pôr com a única vontade de salvar vidas. Fechamos a transamazônica e provocamos o caos na rodovia.
Todos estávamos armados de vontade para salvar o rio xingu.
Agora aqui, começa uma preparação para divulgar os males deste câncer e uma corrida contra o tempo para exterminá-la.

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