sábado, 25 de fevereiro de 2012

O eterno tem sabor.


                                       foto da net.






Que melhor comparação para o deleite do belo macho sobre mim, se não o ato de deliciar-se com a manga doce, macia e carnuda a qual esperava no alto da resinosa mangueira, um sopro do vento apenas para cair ao pé. Ou se não, esperando ser cutucada pelo primeiro macho atrevido que se propusesse a  roê-la até caroço e deixar seco e pálido?! Sinceramente, não achei melhor comparação para a gulodice daquele que enfiava os dentes dilacerando sem dó a polpa da fruta,  deixando escorrer pelo queixo o suco cheiroso de cor amarelo puro , que a manga proporcionara para seu maior prazer.
E foi assim, em uma tarde dessas que o sol se punha elegantemente cobrindo o céu de um alaranjado pungente. E trazia à noite, um bem-estar físico e espiritual orgasmático, daqueles que só se dão em prazeres carnais.
Foi em uma festa que pedi-lhe um abraço, com minha timidez de mulher mansa. E ele, sem hesitar tratou de encaixar seu tronco no meu. Cauteloso sussurrou-me um pedido macio de beijo, de tal forma que não tive como negar.

A quentura das mãos fermentou meu sangue quando puxou para si , meus quadris. nossos odores se fundiram, nossos braços capturaram energias um do outro. Nossos ossos brindaram quando nossos centros se tocaram. Foi quando tivemos os corpos empurrados para um beco, longe da vista de todos por ali. Rasgou minha casca e começara a saciar-se em mim.
Incendiava-me a lingua com o suor que guiava minha boca e minha fome. Lambi todo tórax dele , o que lhe fazia pedir pra descer mais e mais. Até chegar ao pau pulsante massageando-o magnificamente e degustando aquele caldo abençoado, doce-amargo-travoso que me lambuzou os lábios e seios, escorrendo até as pernas, me causando delírios ardentes , quando ele desceu a língua sobre mim, limpando-me do suco grosso.
Me imaginei como manga na boca dele. 
Senti seus dentes pressionando levemente os grandes lábios da vagina, em seguida rodopiava incessantemente atormentando meu clitóris. A língua comprida, passeava audaciosamente pelas paredes do meu canal. Os lábios dele encostavam, levemente, nos pequenos lábios e deixavam mais melada a calcinha. Implorei que explodisse de desejos com pênis dentro de mim.
Deixei-lhe de pau tão vigoroso tão intenso com  minha experiência e habilidade ao colocar-lhe a camisinha com a boca, que ele sentou no chão, e escorado na parede me puxou para si, me presenteando com aquela flechada no alvo certo.
Trememos desesperadamente naquele canto imundo. Gozamos juntos. Preenchemos nossas almas, com pedaços um do outro. Nossas mãos não se desprenderam até o término da festa, e até hoje o gosto do beijo não amargou  em nossos corações.
E o dia que nossas vidas se findarem, terei em mim o gosto doce dele e ele terá o meu.

(Sábia é a fruta amarela que gosta de ser chupada, mas que sabe tocar e marcar quem lhe deseja com alguns fiapos no dente.)

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