sexta-feira, 10 de junho de 2011

Da minha rua.

Chupa, lambe e lambuza de saliva, beija, acaricia, morde.
Meu vício!

Aquele vagabundo alí da esquina de casa. Que acompanhou meu florescer de rosa pura e me desabrochou em atitude voraz , de fome e sede...
Tudo bem, declaro: Minha fome não era diferente. Sempre desejei aquela criatura esbelta, de barba mal feita e porte pouco percebido por demais vaginas. Porém , sempre fui realista, e jamais achei que teria chances com aquele carneiro forte de carne gostosa. É que meu faro nunca fora dos melhores mesmo...
E foi em uma dessas noites chuvosas, em que falta luz e todos se escondem em suas casas quando devorei aquele verme magrelo e bem quisto por mim, no canto da minha rua...
Em um muro escuro, de costas, ataquei-o. Pedi pra não gritar , pois lhe tinha a melhor arma, que o faria feliz... O pau mandado, obedeceu-me!
Enfiei-o dentro de mim. Mastiguei sua carne e o fiz gemer em segundos. Chupei-o dos pés à cabeça. Maltratei, apertei, castiguei, pisei... Deixei-o em pedaços.
Saciei ambos em atitude voraz de fome e sede. Como os animais da floresta... Atitude de total sobrevivência.
Senti meu coração e minha alma mais leve. E aquele vai e vem que fez-me viver, sentir-me fértil, amada , fêmea atrativa e de poder. Percebi minimamente nossos líquidos trocados em uma só fusão e nada mais parece importar além dos nossos corpos...
Fui para casa , dormi perplexa com minha ousadia de moleca.
O que intriga a mim, é o sujeito ter desaparecido, e que mais tarde havia internado a si em uma clínica para reabilitação , pois contava uma história absurda de algum amor e um estupro!


E nunca mais abusei de alguém...

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