Hora sim, compartilho!
Me deito, me fecho, me acalmo. Complexada, adornada de um sorriso prévio, sério, macio. Mantenedora de uma sobriedade soberba, são meus dias de solidão. E "os dias que eu me vejo só, são dias que eu me encontro mais, e mesmo assim eu sei tão bem,que existe algo para me libertar."
Se sou faceira, hora barraqueira, hora calada, hora falante, hora pecadora , hora estúpida... é porque que não sou a bailarina que Chico contempla. Tô mais para aquela doce gata de sua regravação "que nasce pobre, porém já nasce livre". Ou talvez quem sabe da história "com o olhar cada dia mais longe, esperando, parada, pregada na pedra do porto". Mas não creio nisso.
Sou é de pé até o céu, no chão sou de mim... E de mansinho desconfio da via láctea e do que não vejo, do que sinto. Confessa-me um segredo e serei seu túmulo. Muda. Morta. Aliás, calada! Não tão mais, amável.
Serena.
E eu for teu caminho, caminha em mim. Mas não abuse de minhas entradas. Respeite meus buracos, minhas passagens, minhas palavras, minhas horas.
Sente aí, traga um velho vinho e vamos conversar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário