quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A dança.


Espreme as mãos sobre a roupa, depois enfia os dedos pela virilha e chega até meus desejos e gemidos. Nossa dança e sorriso!
O palco era a cama de solteiro bagunçada e um travesseiro abaixo dos meus glúteos, que deixava ele mais à vontade, mais perverso com a cabeça enfiada entre minhas pernas, mais esfomeado da minha carne.
Debruçado em meu tronco a altura da boca, imobilizou-me com aquela língua abençoada abraçada que rodopiava com meu clitóris e que me levou não sei se ao céu ou se ao inferno distanciando minha alma do meu corpo.
Mãos hábeis agarravam minha anca pelos espasmos que me faziam fugir sem querer, enquanto deslizava a boca toda chupando e aplicando pequenas mordidinhas nos grandes lábios. Senti a saliva quente entranhando desde o prepúcio do clitóris, atravessando os lábios internos e externos, o orifício da uretra, a abertura da vagina, o períneo, invadindo o ânus.
No encaixe colado a mim, deslizava com a mão solta massageando meus seios, apertando minha barriga, e acariciando minha vagina, ao mesmo tempo em que roçava a barba em minha nuca ou lambia minhas orelhas. 
Voltava a deslizar pelo palco num vai e vem me apertando, me puxando até me fazer virar de costas, de quatro. Atracado, gemia , sorria, delirava... Deixava-me sobre nuvens.

Era o encanto para a dança nobre e que toda gente há de deleitar-se....
Alimento para toda carne, liquido para todo desejo, fonte de todo gozo, saúde de toda satisfação.

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