terça-feira, 15 de março de 2011

Vaga lembrança.


Demorou o primeiro beijo, o primeiro amasso, a primeira lambida nas entranhas, nas dobras, a primeira chupada... Acho que até gozei. Nem sei, eu era tão inexperiente! Eu não sabia pegar, amassar, pular, tirar e botar. Mas sempre quis provar.
O cara "de maior" me deixou tonta, me levou ao espaço, me fodeu, me mordeu, me mexeu. E foi alí mesmo, em pé, no canto daquela rua sem luz, atrás do poste que me deixou em brasas e me trouxe a este mundo novo. Depois agachou, e por de baixo da minha saia, saboreou-se sem pudores. Deliciou-se com todo meu azedo gosto. Fez ferver meu sangue com medo e prazer.

Prestigiou-me de elogios e chupões, meus seios pequeninos que ainda cresciam.
Calmamente, rompeu meu hímen no silêncio daquela rua e nos gemidos de "Te quero dentro de mim.Vem logo, vem."
Nem vi sangue. Vi estrelas , a lua cheia mais próxima a mim.
Escutei inclusive, um som. Era um batuque forte vindo de dentro do peito. Coisa esquisita.
Mas que senti a vida! Senti a paz! Senti ele.

Me fez sonhar alguns dias depois, com aquela barba...





Post scriptum: Recordei este fato outro dia, quando no ônibus haviam algumas cocotinhas rindo e falando sobre seus respectivos ficantes.
Retrato do coletivo GRITAOCORPO; Filipe Almeida, Maruzo Costa e Laila Costa.

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