Saudade que não me deixa.

Esta semana estive com o pensando forte em ti, Amanda. Senti um aperto muito grande no peito, como no dia da tua partida. Estive me martirizando....   É que, talvez eu poderia ter feito algo a mais por ti, poderia ter estado mais perto, poderia... mas não o fiz.

O fato é que o tempo já passou, e eu perdi tempo e não estive estado ao teu lado mais vezes, perdi oportunidade de ter te amado mais. Perdi!
TE PERDEMOS perto de nós.

O que me consola é lembrar que rimos MUITO, juntas. Tivemos um curto tempo perto, mas com os melhores fatos vividos na universidade e em Vigia.

Ahhh, que saudade do teu sorriso quadrado. Tua voz cautelosa, ainda é marcante. Os teus gestos , tenho medo de estar esquecendo. Mas a tua imagem, Amanda, tá aqui, carrego cravada no peito e nos pensamentos diários. 

Ainda queria poder te dar um abraço, te dizer o último eu te amo ou te dar um último consolo, mas isso me faria querer estar mais e mais ao teu lado... e isso não é mais possível.

Hoje, a saudade apertou de tal forma, que sinto minha alma ferida. Lembrei de todo aquele sofrimento nosso e aquele cortejo pela cidade, levando teu corpo pra longe da gente. É que, em uma hora dessas, eu sinto uma culpa brutal de não ter ficado ao teu lado e tentado ajudar em algo. Agora, fica a saudade. 

Depois que te perdi, me enchi de atitudes. Sou mais viva. Mais , mais...

Não perco mais oportunidades em estar perto das pessoas que eu amo. Mas eu não queria ter descoberto isso depois de teres ido de nós.

*Um ano e nove meses de saudade.