SONETO DO CARALHO POTENTE
Porripotente heroe, que uma cadeira
Sustens na poncta do caralho teso,
Pondo-lhe em riba mais por contrapeso
A cappa de baetão da alcoviteira:
Teu casso é como o ramo da palmeira,
Que mais se eleva, quando tem mais peso;
Si o não conservas açaimado e preso,
É capaz de foder Lisboa inteira!
Que forças tens no horrido marsapo, [hórrido]
Que assentando a dysforme cachamorra
Deixa connos e cus feitos num trappo!
Quem ao ver-te o tesão há não discorra
Que tu não podes ser sinão Priapo,
Ou que tens um guindaste em vez de porra?
Bocage
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