domingo, 17 de fevereiro de 2013

"Pira paz não quero mais".

Ultimamente a minha vida tem andado tão atribulada (e é incoerente, mas às vezes sinto que todas essas transformações estão meio sem sentido.) Ainda não consegui defender meu tcc por modificações que a banca propôs, e por isso o prazo de defesa teve que ser protelado, mas eu não tô muito feliz com isso    (embora o meu orientador diga sempre que isso é normal e que são questões que irão enriquecer o trabalho). Mas cara, eu tô ESGOTADA, cansada e estressada com tudo! Não aguento ficar na mesmisse de algo por muito tempo. É a minha fraqueza, eu sei! Tô saturada e quase sem forças e motivações pra continuar, saca?! - Mas lembro sempre que cheguei onde cheguei pela persistência e pela consciência de que eu tenho que terminar o que comecei [PONTO]. E essa saga ainda não terminou. Então, estou caminhando arrastando, e assim chegarei até o final...
Ainda não me formei, e já estou inserida em um problema social do Brasil: tô desempregada, sem estímulos e nem dinheiro pra beber tenho. Tô um poço de pessimismo...
Só que ontem ouvi essa música do Belchior que me trás boas lembranças e energias tranquilas, mas nunca mais eu tinha ouvido. A saudade bateu, meu peito apertou e me passou um filme da minha infância feliz e sem preocupações. Quando na década de 90 meu pai tinha um bar bem conhecido no conjunto onde moramos. Aos finais de semana, sempre rolavam umas serestas com essas músicas legais (que na época, eu não curtia), mas o bar ficava cheio de gente da redondeza só pra curtir essa festa.
E ouvindo essa música, parece que parte das minhas angustias estiveram por um instante resolvidas e mais amenas depois de um tempo.


“Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol

Quando você entrou em mim como um Sol no quintal

Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou ser feliz direito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual
Aí um analista amigo meu disse que desse jeito
Não vou viver satisfeito
Porque o amor é uma coisa mais profunda que um transa sensual

Deixando a profundidade de lado
Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia
Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão morando na filosofia
Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno
Viver a divina comédia humana onde nada é eterno

Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso
E eu vos direi no entanto:
Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não
Eu canto”

(Belchior)

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