sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Odores que passam e ficam nas avenidas do carnaval.



Pouco se sabe o que tem atrás da máscara, 
da vestimenta alegórica brilhante, do batom dourado, da serpentina colorida... 
da festa.
Pouco se sabe de si, da consciência. 
Muito se quer curtir!

São olhares que se cruzam nas avenidas inocentes atordoadas pela fome dos brincantes amaldiçoados por qualquer incêndio que nasce como um sol que não é comportado dentro de si. 

É a bomba que explode no criado mudo, sacana, valente no muro que aperta a colombina.
Tão santa, tão malina, tão infante debaixo da calcinha rosa de renda, e que devora com calor babando as cochas que ele esfrega nela e repuxando as roupas bem adornadas, belíssimas e cheias de vida.
Ele bebe com ânsia, a saúde que ela apresenta enquanto o trio passa ali na frente e faz tremer o muro que se encostam e deixam os odores de seus corpos suados. 
A batida do som forte, aquece e dá passagem aos orgasmos naquele canto semi escuro, naquela rua movimentada do carnaval. 
O trio passa, os corpos se descolam, limpam as pernas, pedem uma cerveja e se separam.

Outro canto em outra rua, os mesmos corpos formam outros casais.


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