quarta-feira, 23 de maio de 2012

É o meu pai!





Meu pai não é qualquer um. Meu pai briga pela cria até as últimas forças. E não costuma levar desaforos de graça: xinga, chama pra porrada, fala alto e não descansa enquanto não houver justiça em alguma situação.
Meu pai é guerreiro. Começou a trabalhar aos oito anos vendendo batata no ver-o-peso pra ajudar a sustentar os irmãos que eram dez, pois havia perdido a mãe com na mesma idade, e precisava ajudar o pai. Teve uma vida batalhadora. Já foi dono de bar, motorista de ônibus, vendedor de legumes, vendedor de quentinhas, já serviu ao exército.  Já viajou alguns lugares pelo país e sempre relembra a época boa em que trabalhava no metrô , em São Paulo.

É o pai que eu sempre quis. E de vez em quando, temos lá nossos desentendimentos, mas ele é o meu amor dos dias vazios e o bem dos dias perfeitos. É o verso par da minha mãe. São eles que ajudaram na construção da poesia que há em mim e em minha irmã e essa nossa ânsia por independência, é um dos tempero dele, também!

É o herói de toda a minha vida.


E não importa que eu e ele não saibamos dizer "eu te amo",, o que vale é sentir e transmitir em nossos atos.


Pelas 54 primaveras, parabéns pelos seus anos de luta, pai!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores