terça-feira, 15 de maio de 2012

Versos escritos em lençóis azuis..


Foto : net (cosmicmagnolias)


A gente só aceita um convite se o outro sugerir...
É que alguém tem que fazer algo por alguém ou dar o primeiro passo, antes que o tempo passe e nenhum dos dois possam aproveitar a vida e viver boas coisas, juntos.
É preciso vontade de ser feliz e coragem pra querer amar, de qualquer forma, o outro. É preciso entrega, é preciso respeito, é preciso querer.
E aí, em uma noite dessas, tu te percebes nos braços de quem tu nem imaginavas estar. O fato é que não é um sonho, tu decidiste ser feliz e proporcionaste ao outro, tal prazer. Isso é uma escolha. Ponto!
Basta um: "sim", "agora!" ou "eu te quero! '', pra declarar desejos sem qualquer receio, porque se não rolar nada entre os dois, ninguém vai morrer de dor, mas se rolar algo, os dois podem morrer de amor.
Não há hora ou local. Existem desejos e isso basta.

Há você e eu!

Eis o relato:
"Dois corações desconhecidos. Dois animais semelhantes. Um desejo. E milhões de versos síncronos.

Desalinhou-me do tempo e fez de mim sua música na dicção da madrugada. Imergiu na partitura da minha alma com seus olhares e saliva. Vasculhou e me leu com mãos hábeis e beijos ensandecidos .
Ele, já veio desnudo e num ritmo voraz. Despiu-me tão apressadamente que pude sentir os dentes arranhando-me o útero.
O moço me conquistou e me fez baixar a guarda num instante, ao me posicionar de costas, atracando ferozmente na anca. Dei-lhe a dica das mãos puxando meus cabelos, em seguida agitava-se num ritmo magnífico e ardente , mergulhando em mim. Suavemente, senti-lhe as bolas avulsas no infinito, esfregando suavemente minha boceta e o pau melado que ofegava em frios e calores nos desejos atemporais. Me incendiava de energia . 
Tamanho era o frenezi que fundimos em um só corpo. Sucumbiu o oxigênio e ferveu meu sangue. Incendiou minha carne e minha vagina. Saboreamos de nós , nossos melhores paladares.
Deliciei-me do gosto meio azedo e doce, ao lamber aquele elegante caralho ereto que pulsava, enquanto sugava-lhe a glande. Desci a boca boleando de saliva o corpo peniano e por fim enchendo de carinhos e beijos, o frênulo. O sujeito jorrava alegria.
Com um tapa ali outro aqui, explodi em orgasmos. E sem parar, com o compasso acelerado, me arrepiou os pêlos pubianos ao roçar aquela barba na minha nuca, atracado a mim.
Gozamos juntos. Sorrimos juntos. Escrevemos juntos.
E enquanto ele ejetava em mim seu sêmem, esteve imponente como um leão, e tal qual o animal, rugiu. Após o coito, na alvorada deleitosa, o macho orgulhoso observava a caça diante de seus pés.
Permaneci imóvel, pois nos meus delírios de orgasmo, senti o olor do néctar produzido ali por nós. Ouvi o grito da coruja, o uivo do lobo, o riso da noite, a festa da morte, o canto da cigarra, o ataque dos morcegos, as borboletas...
Flutuamos em um mar mudo e servil.
Ele, sussurrou a melodia em mim. E eu, escrevi a nossa história naquele mural do mar sem fim. “


Porque ele me lembra o azul do mar!


Post Scriptum:Adaptação : Sincrono = adj. Sincrônico. Física. Diz-se dos movimentos que se executam ao mesmo tempo entre dois ou mais corpos ao mesmo tempo.Corrente elétrica de voltagem corporal altíssima. Diz-se das máquinas humanas, cuja velocidade angular é sempre igual à pulsação da corrente alternada que ela recebe ou produz quando em contato com o corpo que o atraia. É um submúltiplo ou um múltiplo inteiro dessa mesma corrente a qual se entra em contato. 

Cuidado: Curtos circuitos podem ocorrer quando fios não bem encapados aproximarem-se, seja de pólos opostos ou semelhantes . 

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