quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

/Meu Muiraquitã/


Ofereci como presente, meu Muiraquitã a um jovem guerreiro de olhos transparentes e um semblante de ouro, de lá de Santa Catarina. O rapaz, é forte e rápido como uma águia. Consquistou-me pelo seu sorriso tímido e pouca fala. Amou-me em palavras sussurradas apressadas ao meu ouvido.
Na tradição, as guerreiras da região do rio Nhamundá ofertavam aos guerreiros com os quais se acasalavam, uma vez por ano, durante a festa dedicada à lua e à meia-noite, elas mergulhavam nos rios e traziam nas mãos um barro verde, ao qual davam formas variadas: de sapo, tartaruga e outros animais, e presenteavam seus amados.
Retirado ainda mole do fundo do rio e moldado pelas mulheres, o barro endurecia ao contato com o ambiente. Os objetos eram, então, enfiados em tranças de cabelos das mulheres, e usados como amuleto pelos guerreiros. Até hoje, o Muiraquitã é considerado objeto sagrado, símbolo de fertilidade. Acredita-se que traz felicidade, sorte e também cura a quase todas as doenças a quem o possui.

O guerreiro terá consigo meu carinho até o fim de sua vida!

S2

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