quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Um caso a ser contado/

Como pode essas 'coisas' de dentro da gente dar tantos sustos assim , hein?


Sei lá. Mas aconteceu... E preciso contar!



Ele, é o ser mais desengonçado e atrapalhado que já se pode ter visto neste planeta. É babão, desatento e nada elegante, mas pouco fala. Porém tem uma energia canina carregada em seus membros que todos em qualquer lugar logo notam.


Ela, nada mais é do que a menina do lar. Sempre doce e meiga ... A criatura mais elegante e de uma calmaria... (que áiii 'dá um soooonooo' só de vê-la.)
Viviam juntos a pouco mais de 3 anos. Porém , pouco assistiam um ao outro. Pareciam irmãos que não se gostavam debaixo de um mesmo teto. Nem ao menos se cumprimentavam...


Ele, sempre zanzando por todo canto que podia. Enchendo o saco dos vizinhos, paquerando pelas ruas ou correndo hora ou outra pela praça da esquina.


Ela nem se mexia da cama. Gostava mesmo era daqueles lençóis que enlaçava preguiça à seu corpo todo, lhe abraçando e lhe causando o mais puro prazer do sono.



Mas aquele desapego todo no mesmo teto, não podia durar mais...



Daí, foi por força maior de algum cupido retardado que ela, Amelie, em uma de suas dormidas fora, acidentou-se gravemente quando tentava voltar pra casa pelo muro do vizinho. Caiu de mal jeito em alguns espinhos, batendo a cabeça no concreto e logo desmaiou.


Ele, o Félix não percebeu que era sua companheira de casa quase amada alí no chão e começou a espancar-lhe brutalmente, até alguém intervir...


Foi então que ele se deu conta de que era ninguem mais que sua quase irmã... sangrando alí no chão, em toda parte do corpo. Felix desesperou-se e queria lamber a qualquer custo Amelie. Conseguia-se ver naqueles olhos de pidão todo o medo e culpa para não deixar Amelie morrer...
Todos então fomos direto para o hospital.
E até altas horas da madrugada todos estávamos lá, esperando alguma notícia de Amelie.E Félix em um canto, quase não se movia, olhando pro infinito...
O médico veio, e deu a notícia...
Amelie estava viva e bem, agora. Precisava de repouso, muito carinho e cuidado...
Todos fomos então pra casa. Passaram os dias e ...
Felíx estava tão atordoado por ver Amelie agora bem, que atentava para todas as nossas ações, sem dar uma palavra. Não arredava de junto dela, por nenhum momento.
Amelie percebeu seu jeito empenhado e precupado e não conseguia sentir raiva dele...
Uma noite, meio sonolenta ainda, Amelie sentiu o beijo e a baba do seu protetor. Era Félix que em seus impulsos amorosos beijava e lambia seu rosto...
Bem, juraram o término de seus dias juntos...
Ela, a gata passou a amar de verdade ele, o cachorro babão.
Era esse o fato!
Post scriptum: Sem graça ou não. É uma história dos pólos de um mesmo lado do ímã que se repeliram até onde poderam.





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